7 de abril de 2013

Conto: Garoto estranho

                    Todos riam dele, com vergonha apenas se retirou para casa e ficou deitado ao resto do dia em sua cama, o menino delicado e tímido era o principal motivo de risadas e piadas, ele já estava suficientemente irritado por levar um 0 e por ser o estranho.
                    Ele sinceramente não ligaria se todos morressem de uma hora para outra do jeito mais sofrido que encontrasse, era uma raiva tremenda que se encontrava, ele faria qualquer coisa para que parasse de ser zoado, se as pessoas não lhe tratassem diferente, se ele não fosse um completo estranho, não gostava quando as pessoas lhe olhavam como se ele fosse inútil, isso era o pior pesadelo dele, que ele fosse tão inútil e tão sozinho que não soubesse para onde fugir, mas ele era o estranho.
                     No outro dia voltou a escola, recebido com risadinhas, um grupo lhe cercou, e lhe seguiam chingando ele por todo o colégio, ele prometia a si mesmo que aquilo iria ter fim, que ele não iria ser um completo estranho.
                      Logo depois da aula seguiu o grupinho, percebeu que todos eram vizinhos e moravam lado a lado, como uma grande família, uma grande e inútil família, ao qual prestou atenção na conversa deles, ao qual um dizia:
_Hoje vou ficar sozinho lá em casa, vão lá, descobri onde ficam as cervejas do meu pai...
                     Todos concordaram em ir, enquanto o menino os observava sorrindo, saberia o que fazer, e queria aquilo mais do que nunca, um sorriso imediato se abriu em sua boca.
                      Voltou para casa, mexeu em todas as gavetas, até encontrar a arma de proteção que seu pai com tanto orgulho guardava, sabia exatamente como usar, aprendeu em vários filmes apenas observando o movimentos dos atores, esvaziou a caixa de balas colocando todas em seu bolso, mas antes de começar seu plano pegou um dos objetos mais importantes para o que faria, produtos químicos usados para lavar o banheiro, e pegou o galão de gasolina de seu pai e fósforos, seguidos por um pedaço de corda de pular, colou tudo em sua pesada mochila, menos os fósforos e arma, ao qual colocou no bolso e na cintura por baixo de calça e camiseta, por que teria de estar tudo a mão.
                       Voltou aquela vizinhança infeliz, viu todo o grupinho inútil entrar dentro da casa, ele os seguiu sem que pudessem ver, estavam na sala, tinham esquecido a chave na porta, aquilo o fez sorrir, trancou a porta e colocou a chave em seu bolso, eles certamente não iriam precisar mais daquilo.
                         A sala ficava no final de um grande corredor bem longe da entrada, embaixo da escada tinha uma portinha que dava pra cozinha, ao lado do fogão, disfarçadamente viu todos os copos de refrigerante e cerveja em cima da pia, que seriam servidos a todos, sem pensar tirou todos os produtos de limpeza da bolsa, e foi colocando um a um, em cada copo.
                          Quando acabou de colocar tratou de se esconder, vendo o outro adolescente pegando a bandeja e levando para sala, atrás dele o seguiu, sem ser percebido em nenhum segundo, um bebeu primeiro cuspindo tudo em seguida dizendo:
_Isso daqui tá uma droga, que porcaria você colocou ?
                            Que raiva, a cerveja mudou de cor e de gosto, logo denunciando uma alteração química na bebida, ele teria de agir rápido por que todos culpavam quem serviu e em seguida iriam embora, saiu de seu esconderijo apontando a arma a todos, tendo um grito imediato de um:
_Cale a boca ou eu atiro em você...
                               Um deles disse:
_Isso é brincadeira ?
_Nem deve ser de verdade, deve ser uma arma de plastico do idiotinha para assustar a gente...
                              Deu um tiro na perna de quem lhe chingou, provando que aquela arma, o que o fez gritar de dor, logo calado, ameaçou todos com sua arma, fazendo os sentar em cadeiras em um pequeno circulo, amarrou a todos de uma vez só, a única menina do grupo perguntou:
_Afinal o que fizemos de mais para você ?
_Era só um brincadeira...
_Quem fez você ficar assim afinal, quem fez você ?
                               Ele jogou gasolina em todos eles que estavam amarrados, sorrindo falou:
_Vocês me fizeram assim...
                                Quando ia acender os fósforos percebeu, o dono da casa estava faltando, não estava amarrado e nem lembrava de lhe ter amarrado. Um barulho percorreu por toda a casa, percebeu que seu coração estava furado, por que viu um enorme buraco em seu peito, caiu no chão, atrás de si outro garoto segurava a arma, o doo da casa que logo se defendeu:
_A arma... ela é do meu pai...
                                 O estranho em suas ultimas palavras disse baixinho no chão, enquanto morria lentamente:
_Você me fez...

5 comentários:

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    - Mai Miyuki

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